Philip Wollen, filantropo australiano,
patrocinador de diversas ONG´s designadamente GREENPEACE, SEA SHEPARD entre
outras, financiou a produção do filme “A trilogia dos Terráqueos”.
Num discurso brilhante, aquando de uma conferência que decorreu
no St James Ethics Centre and the Wheeler Centre, em Melbourne (Austrália), fez
um apelo emocionante pela defesa dos animais, pedindo às pessoas que os tirem
dos seus pratos.
“Os animais têm que sair do cardápio … porque esta noite gritam
aterrorizados em matadouros e jaulas … Eu ouvi os gritos de desespero do meu
pai enquanto o cancro o consumia e tomei consciência de que já tinha ouvido
aqueles gritos antes … no matadouro. Olhos arrancados com facas, os tendões
cortados … nos navios para o Oriente Médio com uma baleia a bordo que agoniza
enquanto um arpão japonês desfaz o seu cérebro enquanto ainda grita pela sua
cria; esses gritos eram os gritos do meu pai.”
Os direitos dos animais são hoje o maior assunto de justiça
social, desde a abolição da escravatura. Sabiam que existem no mundo mais de
600 milhões de vegetarianos? São mais do que a população dos EUA, Inglaterra,
França, Alemanha, Espanha, Itália, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Se
fossemos uma nação, seríamos do que os 27 países da União Europeia. Apesar
desta enorme pegada, ainda somos tidos como impercetíveis pelas vozes
estridentes dos cartéis da morte e da caça, que acreditam que a violência é a
resposta quando esta nem sequer deveria ser a pergunta.
São 10 minutos absolutamente tocantes e inspiradores. Vejam e
encorajem todos a ver!
Trechos do seu discurso: “Cada
pedaço de carne que comemos, é uma bofetada na face manchada de lágrimas de uma
criança com fome.
A carne mata animais, mata-nos e vai matando as nossas economias
(a título de exemplo, a MEDICARE já levou à falência os EUA, necessitando de 8
triliões de dólares investidos em títulos do Tesouro só para liquidação de
juros) … As Universidades de Cornell e Harvard afirmam que a quantidade ideal de carne numa
dieta saudável é precisamente “ZERO”.
A água é o novo petróleo; em breve as nações irão iniciar
guerras por ela. As reservas subterrâneas que demoraram milhões de anos para
encher estão agora secas; são necessários 50.000 litros de água para produzir
uma kilo de carne.
Atualmente, há 1 bilião de pessoas famintas e 20 milhões
morrerão de má nutrição; se diminuíssemos o consumo de carne em 10%, seria
possível alimentar 100 milhões de pessoas. Eliminando totalmente a carne do
nosso cardápio, a fome seria erradicada para sempre.
Se toda a população mundial seguisse o tipo de dieta ocidental,
seriam necessários 2 planetas para suprir as nossas necessidades alimentares,
mas só temos um planeta e está a morrer.
Os países pobres vendem os seus grãos ao ocidente enquanto as
suas crianças morrem de fome nos seus braços e o ocidente dá esses grãos ao
gado para que nós possamos comer um bife? Será que mais ninguém vê isto como um
crime?
A Terra pode produzir o suficiente para suprir as necessidades
de todos mas não o suficiente para alimentar a ganância de cada um.
As armas de destruição em massa são as nossas facas e garfos.
Os animais não são apenas uma outra espécie; são outra nação! E
nós? Somos assassinos que apenas nos preocupamos com a nossa vontade e
satisfação.
A Paz não é apenas ausência de guerra; é a presença da justiça.
A justiça tem que ser cega à raça, cor, religião ou espécie. Se não for cega,
será uma arma de terror. E hoje à noite há terror inimaginável nesses
“Guantánamos” horríveis a que nós chamamos de fábricas de animais ou
matadouros.
Retiremos os animais dos menus e destas câmaras de tortura.
Defendamos aqueles que não têm voz.
Desafio:
A carne causa um amplo leque de cancros e doenças cardíacas. Será que alguém
pode enumerar uma doença causada por uma dieta vegetariana?”
E já agora, pelo menos 1 dia por semana, tentem por em prática,
reduzindo gradualmente o consumo dos nossos semelhantes, afinal também somos
animais. Faz muita, muita diferença.
Veja a conferência completa:
Fonte : http://blogmais.org/2014/11/21/a-carne-deve-ser-eliminada-da-alimentacao-diz-philip-wollen/