Eu
gosto muito de observar e fotografar o pôr do sol por conta das
cores que o céu assume nesse curto período do dia. E se você também gosta de
cores no céu, imagine poder observar um tipo de mancha, geralmente com
coloração entre o verde e o roxo, pairando sobre a sua cabeça, com um aspecto
cósmico absolutamente fora do comum! É a aurora
boreal.
A aurora polar é um fenômeno óptico
composto de um brilho observado nos céus noturnos nas regiões polares, em
decorrência do impacto de partículas de vento solar com a alta atmosfera da
Terra, canalizadas pelo campo magnético terrestre – Wikipédia.
O brasileiro caçador de auroras
boreais
Marco Brotto, um curitibano de 44
anos e dono de uma loja de móveis, tem como imagem de perfil no Facebook uma
selfie com a aurora boreal. A foto foi tirada
em uma das 15 expedições que fez à região do Ártico – sempre em busca de
observar o fenômeno.
Como
tudo começou
Há 10
anos, Marco se aventurava no Vale da Morte,
região do deserto de Mojave, na Califórnia, EUA, quando ficou sabendo da aurora
boreal pela primeira vez. Ele contou que, quando estava se preparando para
dormir no lugar, ficou encantado com a quantidade de estrelas que pôde
observar. “São um espetáculo à parte”, definiu.
Ele viajava em um grupo de amigos. Um deles, Fábio, lembrou de
outras luzes que também podem ser observadas no céu, as da aurora boreal.
Aquilo mexeu com a curiosidade de Marco, que passou a pesquisar sobre o
assunto.
A
caçada
Alguns
anos mais tarde, Marco se via com uma passagem comprada para o Alasca. Ele
estava ansioso para ver as cores do Ártico com os próprios olhos pela primeira
vez. Ele passou porincríveis paisagens geladas, mas acabou alimentando um
sentimento de frustração por não conseguir observar uma aurora. Era, até então,
um “caçador” inexperiente, de primeira viagem. Mas nada de desistir, aquilo
apenas alimentava ainda mais a obsessão de Marco pelo fenômeno.
Aprendi que
não é tão fácil assim ver as auroras. Não vi nada. Absolutamente nada –
explica.
A
primeira aurora a gente nunca esquece
Após fracassar em sua primeira tentativa, Marco deixou
temporariamente a ideia de lado e preferiu destinos como Egito, Turquia e Moscou
em suas viagens seguintes. Um dia, recebeu um e-mail de um amigo com o título
“Svalbard” – um território insular norueguês banhado pelo Oceano Glacial Ártico
a norte, pelo Mar de Barents a leste e pelo Mar da Noruega e Mar da Gronelândia
a oeste. Aquilo foi o suficiente para reaquecer a ideia de circular pelos
extremos gelados do planeta.
Marco partiu para Noruega, mas não teve vida fácil. Várias idas
e vindas, em que conseguira observar somente resquícios de uma mancha verde no
céu, fizeram com que ele pensasse em um novo fracasso. Mas ele ainda não estava
disposto a abrir mão. Em sua última noite em Tromsø, antes de partir
para Svalbard, já sem grupo e sem guia turístico, apenas com um carro
alugado, em um frio de -15ºC, ele a viu surgir no céu!
Ela chegou
para transformar meus sonhos e desejos em realidade. Um monstro verde dançando
freneticamente sobre minha cabeça! Não sabia se corria, se sentava, se chorava,
se eu ria.
Linda e
forte
Perguntei se para as pessoas que moram em lugares em que é possível
observar a aurora boreal, a tratam como um fenômeno corriqueiro ou se
também se encantam com sua beleza. Mais ou menos aquela ideia que muitos
propagam que, se você mora no litoral, acaba não indo à praia. Ele me explicou
que a maioria dos noruegueses, por exemplo, nunca viu uma aurora boreal pois
moram ao sul da área em que é possível observá-la.
Em uma ocasião curiosa, quando estava em Anchorage, cidade mais
populosa do Alasca, após uma noite de aurora boreal intensa, Marco conta que o
fenômeno foi capa de jornal com a manchete: “Apareci muito linda e forte”.
açador
de auroras profissional
Com toda a experiência que acumulou nos últimos anos, Marco está
se profissionalizando como caçador de auroras boreais. Ver essas espetaculares
luzes no céu mexeu com ele ao ponto de querer compartilhar essa possibilidade
com mais gente. Marco se tornou uma espécie de coach de expedições e tem levado
grupos de pessoas para observar o fenômeno. Faz isso quatro vezes ao ano.
Busco
sempre, entre as viagens como coach, fazer minhas viagens sozinho para
descobrir lugares cada vez mais espetaculares. Estive, uma semanas atrás, nas
Ilhas Faroe, um paraíso, e consegui auroras lindas.
Os
planos de viver sob a aurora boreal
É de se
imaginar que alguém tão fascinado por esse incrível fenômeno queira viver com
auroras boreais sobre sua cabeça. Marco tem o objetivo de morar em algum lugar
do Círculo Polar Ártico, provavelmente na Noruega ou Finlândia, mas também
considera o Alasca como uma boa opção. Pra sua sorte, Laurize, sua companheira a quem pediu em casamento logo
após ela ter visto sua primeira aurora, também é adepta de um estilo
de vida mais aventureiro.
Quer mais?
Por ora,
nosso “caçador” continua sua vida em Curitiba, mas já planejando suas próximas
viagens. Nem sempre, mas quase, atrás das auroras boreais. Quem sabe você não
possa acompanhá-lo em sua próxima expedição! Ficou interessado, então acesse site dele!
Fonte : http://somentecoisaslegais.com.br/somente-lugares-legais/brasileiro-cacador-de-auroras-boreais-ja-foi-15-vezes-ao-artico-e-quer-levar-voce-na-proxima-viagem