Ryan nasceu no
Canadá em maio de 1991, ou seja, hoje (2012) tem 21 anos.
Quando pequeno, na escola, com apenas seis anos, sua professora
lhes falou sobre como viviam as crianças na África. Profundamente comovido ao
saber que algumas até morrem de sede, que não há poços de onde tirar água, e
pensar que a ele bastavam alguns passos para que a água saísse da torneira
durante horas. Ryan perguntou quanto custaria para levar água a eles. A
professora pensou um pouco, e se lembrou de uma organização chamada WaterCan,
dedicada ao tema, e lhe disse que um pequeno poço poderia custar cerca de 70
dólares.
Quando chegou em casa, foi direto a sua mãe Susan e lhe disse
que necessitava de 70 dólares para comprar um poço para as crianças africanas,
sua mãe disse-lhe que ele deveria consegui-los e foi-lhe dando tarefas em casa
com as quais Ryan ganhava alguns dólares por semana.
Finalmente reuniu os 70 dólares e pediu à sua mãe que o
acompanhasse à sede da WaterCan para
comprar seu poço para os meni
nos da África, quando o atenderam,
disseram-lhe que o custo real da perfuração de um poço era de 2.000 dólares,
Susan deixou claro que ela não poderia lhe dar o dinheiro, por mais que
limpasse cristais durante toda a vida, porém Ryan não se rendeu. Prometeu
aquele homem que voltaria… e o fez.
Contagiados por seu
entusiasmo, todos puseram-se a trabalhar: seus irmãos, vizinhos e amigos. Entre
todo o bairro conseguiram reunir 2.000 dólares trabalhando e fazendo mandados e
Ryan voltou triunfante a WaterCan para pedir seu poço.
Em janeiro de 1999 foi perfurado um
poço em uma vila ao norte de Uganda. A partir daí começa a lenda. Ryan não
parou de arrecadar fundos e de viajar por meio mundo buscando apoios. Quando o
poço de Angola estava pronto, o colégio começou uma correspondência com as
crianças do colégio que ficava ao lado do poço, na África.
Assim, Ryan conheceu Akana: um jovem
que havia escapado das garras dos exércitos de meninos e que lutava para
estudar a cada dia. Ryan sentiu-se cativado por seu novo amigo e pediu a seus
pais para ir vê-lo.
Com um grande esforço econômico de sua parte, os pais pagaram
sua viagem a Uganda e Ryan, em 2000, chegou ao povoado onde havia sido
perfurado seu poço. Centenas de meninos dos arredores formavam um corredor e
gritavam seu nome.
– Sabem meu nome? – Ryan perguntou a seu guia.
– Todo mundo que vive 100 quilômetros ao redor sabe – ele respondeu.
Hoje em dia, Ryan – com 21 anos – tem sua própria fundação e
conseguiu levar mais de 400 poços à África. Encarrega-se também de proporcionar
educação e de ensinar aos nativos a cuidar dos poços e da água. Recolhe doações
de todo o mundo e estuda para ser engenheiro hidráulico. Ryan tem-se empenhado
em acabar com a sede na África.
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