Raphael Fellmer, 29 anos, e sua
família levam uma vida muito frugal, que os permite viver sem gastar quase
nenhum dinheiro. Eles conseguem seus alimentos nas caçambas de supermercados
que nas quais alimentos próximos da data de validade são eliminados, sua renda
constitui em fazer todos os tipos de tarefas em casa e usar um sistema de
escambo para conseguir as coisas que eles precisam.
Eles só usam o dinheiro quando absolutamente não têm outra
escolha.
E antes que você sinta pena e ache que eles não
conseguem gerar dinheiro, é legal saber: Raphael nasceu em uma família de
classe média alta alemã. Ele se formou em Estudos Europeus, mas, há alguns
anos, percebeu que havia coisas mais importantes na vida do que o dinheiro. Ele
chegou à conclusão de que o dinheiro é uma invenção humana cujo sistema pode
entrar em colapso a qualquer momento, e adotou essa forma de vida para,
surpreendentemente, manter sua família praticamente independente do sistema e,
por consequência, mais segura.
A família, composta por sua esposa, Nieve, e seu filho,
vive em um pequeno apartamento no porão de uma casa em Kleinmachnow, perto de
Berlim. Eles cuidam da jardinagem e reparos e só tem que se preocupar com
contas de energia elétrica e água. O dinheiro só é usado em casos extremos,
como por exemplo quando sua mulher precisou fazer um plano de pré-natal quando
estava grávida.
De acordo com a Organização de Alimentos e Agricultura das
Nações Unidas (FAO), 30% de todo o alimento produzido acaba no lixo, e Raphael alega não
conseguir digerir isso. Segundo ele, grande parte dos alimentos que ele recolhe
nas caçambas de supermercados orgânicos estão em perfeito estado.
O movimento da “vida-sem-dinheiro” está realmente ganhando
popularidade nas cidades alemãs, e em outras cidades europeias. Existem fóruns cheios
de informações úteis, de riscos associados com a cata de lixo até receitas de
pratos feitos com alimentos eliminados.
Quando questionado pelos motivos dessa mudança dramática que
instaurou na sua vida há 3 anos, ele afirma:
“Você não pode simplesmente acampar do lado de fora dos bancos
para protestar contra o sistema. O melhor boicote contra eles é não usar mais
seu combustível: o dinheiro”
Essa cultura ainda não chegou ao Brasil de
forma significativa, mas fica a dica para donos de supermercados e outros
estabelecimentos alimentícios se inspirarem. Se toda a comida boa que é jogada
no lixo fosse reaproveitada, não haveria pessoas passando fome. É preciso
apenas uma mudança de consciência e uma quebra de preconceitos para que a
mudança aconteça.
Para todo mudança que você deseja fazer você terá
benefícios, você teria coragem de fazer o mesmo, largar o seu emprego e viver
desta maneira, ou você esta tao afundado no capitalismo mundial que não conseguiria
viver sem o dinheiro, pessoas como Rapahel me inspiram e já pensei em muitas
vezes fazer o mesmo mas eu confesso que gosto muito do conforto que tenho hoje,
e isso o duro que no Brasil muitas de produtos mesmo vencidos ainda são colocados
nas prateleiras para nosso consumo, esse tipo de coisa só será possível quando
nos tornamos um pais com menos pessoas desonestas